Herbert Taylor nasceu em 18 de abril de 1893 em Pickford,
Michigan. Primeiramente tornou-se um rotariano em 1921
em Paulis Valley, Oklahoma e serviu como presidente
do clube em 1924-1925. Em 1927, Herbert Taylor tornou-se
membro do Rotary Club de Chicago na classificação
de Distribuidor de Utensílios de Alumínio
para Cozinha. Serviu como presidente em 1939-1940. Em
1944-46 tornou-se diretor do R.I., Vice-presidente do
R.I. 1945-46 e Presidente do R.I. durante o Jubileu
de Ouro do Rotary em 1954-55.
A Prova Quádrupla foi adotada pelo Rotary em
l943, tendo sido traduzida para mais de cem idiomas
e reproduzida em centenas de lugares diferentes. As
perguntas da Prova Quádrupla devem ser de conhecimento
de todos os rotarianos, e por eles obedecidas. Do que
nós pensamos, dizemos ou fazemos:
1) É
a VERDADE?
2) É JUSTO para todos os interessados?
3) Criará BOA VONTADE e MELHORES AMIZADES?
4) Será BENEFÍCO para todos os interessados?
Durante muitas décadas, Rotary
Clubs e rotarianos em todo o mundo têm usado a
Prova Quádrupla, como instrumento para desenvolver
o respeito e compreensão entre os povos.
Como se emprega a Prova é indicado pelo rotariano
de Chicago que a idealizou.
Sugere ele que, primeiro, se decore o texto e, depois,
se adquira o hábito de confrontar pensamentos,
palavras e atos com as perguntas formuladas.
É um guia para se agir direito. Se guardada de
memória e aplicada no tratamento com terceiros,
contribuirá definitivamente para mais efetivas
e amistosas relações.
A experiência de muitos tem mostrado que se deve
consultar sistematicamente a Prova Quádrupla
para avaliar a retidão de pensamentos, palavras
e atos, logrando-se maior felicidade e êxito.
HISTÓRIA DA PROVA QUÁDRUPLA
por Herbert J. Taylor
Em 1932, fui encarregado pelos credores
da Club Aluminum Company, de evitar a falência
e conseqüente fechamento da empresa. Atuava a mesma
como distribuidora de utensílios de cozinha e
de outros artigos para casa. Achamos que era devedora
de importância superior a US$400.000 acima do
ativo total. Estava quebrada, mas ainda vivia.
Nessa ocasião, um banco de Chicago emprestou-nos
US$6.100, parcos recursos com os quais prosseguiu operando.
Conquanto tivéssemos um bom produto, nossos competidores
também comerciavam com material excelente, de
marcas largamente anunciadas.
Nossa companhia dispunha de ótimos empregados,
mas a concorrência igualmente os possuía.
E, além disso, se achava, naturalmente, em condições
econômicas muito mais sólidas do que nós.
Com tremendos obstáculos e desvantagens a enfrentar,
sentimos a necessidade de criar em nossa organização
algo com que os competidores não contassem em
idênticas proporções. Decidimos,
então, que teria de girar em torno do caráter,
da noção do dever e do espírito
de servir do nosso pessoal.
Determinamos principiar por selecionar cuidadosamente
nossos colaboradores e, em seguida, ajudá-los
a se tornarem melhores homens e mulheres, à medida
que avançassem nas suas carreiras.
Acreditávamos na "força da razão"
e resolvemos tentar o máximo para que estivesse
ela sempre do nosso lado.
A indústria a que nos consagrávamos, como
acontecia a várias outras, tinha um código
de ética, mas esse era muito longo e quase impossível
de se o reter de cor e, portanto, impraticável.
Concluímos que precisávamos de um padrão
simples para avaliar a correção de nossa
maneira de proceder, e de que todos na empresa pudessem
rapidamente lembrar-se. Entendíamos, que o texto
proposto não deveria apontar aos nossos empregados
o que lhes competia fazer, porém, dirigir-lhes
perguntas que lhes facilitassem verificar se seus planos,
normas, informes e ações estavam certos
ou errados.
Havíamos procurado, nas publicações
disponíveis, uma medida de ética curta,
mas não pudemos encontrar uma satisfatória.
Um dia, em julho de 1932, resolvi orar a respeito do
assunto. Naquela manhã, debrucei-me sobre minha
escrivaninha e pedi a Deus que nos ajudasse a pensar,
falar e fazer o que fosse certo. Imediatamente, peguei
um cartão em branco e escrevi "A Prova Quádrupla"
do que pensamos, dizemos ou fazemos. Coloquei essa pequena
série de regras sob o vidro de minha mesa de
trabalho e deliberei ensaiá-la por alguns dias,
antes de abordar o assunto com qualquer funcionário
da companhia. O resultado foi deveras desencorajador.
Por pouco não a lancei na cesta de papéis,
logo ao primeiro dia, quando comparei tudo que transitou
pelas minhas mãos com a sua indagação
inicial. "É a verdade ? Nunca me havia,
até então, apercebido de quanto estava
freqüentemente afastado da verdade, e do número
de inexatidões que figuravam na literatura, cartas
e propaganda da organização.
Depois de cerca de dois meses de um sincero e constante
empenho de minha parte, em atender à Prova Quádrupla,
eu estava completamente convencido de seu valor e, ao
mesmo tempo, imensamente humilhado, às vezes
desanimado, com o meu próprio desempenho das
funções de presidente da companhia. Tinha,
entretanto, progredido bastante naquele propósito
de respeitar o teste para julgar-me autorizado a mencioná-lo
a meus associados. Discuti-o com os quatro chefes de
departamento.
Talvez seja útil conhecer qual a crença
religiosa dos companheiros desse grupo. Um era católico,
o segundo cristão cientista, o terceiro, judeu
ortodoxo e o quarto , presbiteriano.
Indaguei de cada um deles se notava algum detalhe na
Prova Quádrupla contrário à doutrina
e ideais de sua particular devoção. Todos
concordaram em que o culto da veracidade, eqüidade,
amistosidade e prestimosidade não só se
ajustava a seus princípios mas que, se permanentemente
observadas nos negócios, essas virtudes lhes
assegurariam maior sucesso e aperfeiçoamento.
Anuíram em averiguar se os planos, normas, informes
e publicidade do estabelecimento se coadunavam com os
ditames da Prova Quádrupla. Mais tarde pediu-se
a todo o pessoal que a decorasse e adotasse em suas
relações com os demais.
A investigação da linguagem dos nossos
anúncios, à luz da Prova Quádrupla,
resultou na eliminação de asseverações
cuja autenticidade não podia ser demonstrada.
Superlativos tais como as expressões "o
melhor", "o maior", "o único",
desapareceram de nossa propaganda. Como uma conseqüência,
o público gradualmente passou a depositar crescente
fé no que declarávamos nos anúncios
e a comprar mais das nossas mercadorias.
O uso ininterrupto da Prova Quádrupla levou-nos
a alterar nossa orientação atinente às
relações com os competidores. Abolimos,
de nossa literatura e reclames, quaisquer comentários
adversos ou prejudiciais aos produtos da concorrência.
Quando se oferecia uma oportunidade de elogiar nossos
colegas, não hesitávamos em
fazê-lo. Assim, conquistamos suas consideração
e amizade. A obediência aos preceitos da Prova
Quádrupla, no trato com nossos empregados, e
com fornecedores e clientes, garantiu-nos sua estima
e boa vontade.
Aprendemos que a afeição e confiança
daqueles com que nos associamos são essenciais
ao êxito duradouro nos negócios.
Graças ao leal esforço dos nossos servidores,
por mais de vinte anos, nos temos aproximado, com firmeza,
dos alvos a que a Prova Quádrupla visa.
Fomos recompensados com um contínuo aumento das
nossas vendas e lucros, do qual participou a remuneração
do pessoal. Falida em 1932, conseguiu a nossa empresa
atingir a atual situação. Com suas dívidas
integralmente saldadas, o pagamento de mais de um milhão
de dólares a seus acionistas e um acervo superior
a dois milhões. Todos esses resultados promanam
de um investimento em dinheiro de US$6.100, da observância
da Prova Quádrupla e do labor intenso de algumas
criaturas que acreditavam na bondade divina e atuam
sob a inspiração de elevados ideais.
Os dividendos intangíveis, derivados da adoção
da Prova Quádrupla, são ainda mais significativos
do que os financeiros. Temos constantemente visto crescerem,
a nosso favor, a boa vontade, estima e confiança
dos clientes, competidores e do público, e, o
que é mais valioso, assinalamos um grande aprimoramento
dos predicados morais do nosso corpo de funcionários
e empregados.
Descobrimos que não se pode aplicar incessantemente
a Prova Quádrupla a todas as modalidades de contatos,
no setor dos negócios, durante oito horas por
dia, sem que se contraia o costume de consultá-la
no curso da própria vida doméstica, social
e cívica.
E, dessa forma, seremos
melhor pai, melhor amigo e melhor cidadão. |